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YVETTE CENTENO
( Portugal – Lisboa)
Yvette Kace Centeno (nascida em 7 de Fevereiro de 1940 em Lisboa) é uma escritora portuguesa e germanista. É uma das escritoras mais importantes do país, ao lado de Lídia Jorge e Agustina Bessa-Luís, e é considerada a maior intelectual em Portugal. Também é investigadora da vida e obra de Fernando Pessoa e é uma das autoras de teatro contemporâneo mais importantes de seu país e trabalha como poeta, ensaísta, romancista e tradutora.
Vida: Yvette Centeno nasceu em Lisboa em 1940, portuguesa e polaca. Em 1963, começou a estudar germânicas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e, em 1961, escreveu o seu primeiro livro de poesia,Opus I.
Apaixonada pelo teatro desde a juventude, o que mostra o seu rico trabalho dramático e a torna uma das principais autoras de teatro contemporâneas de seu país.
Como tradutora, continuou a publicar as obras de Stendhal, Goethe, Shakespeare, Bertolt Brecht e Paul Celan em Portugal.
Desde 1983, é professora de literatura alemã e comparada na Universidade Nova de Lisboa. É particularmente meritória a pesquisa sobre o trabalho de Fernando Pessoa. Escreveu vários ensaios sobre esse assunto e publicou escritos sobre judaísmo e maçonaria encontrados no espólio, conhecidos por editores em Portugal e na Alemanha. No documentário alemão Fernando Pessoa e Portugal. No labirinto do eu, ela conversa com Alberto Pimenta e João Gaspar Simões sobre a vida e obra do autor.
Vive em Lisboa, é casada e tem quatro filhos. Continua a escrever sobre literatura e arte em vários blogs em português. Literatura e Arte, Simbologia e Alquimia e Escrita Criativa
OBRA:
Poesia
Opus I, Lisboa: Ática,1961; O Barco na Cidade, Lisboa: Guimarães Editores, 1965; Poemas Fracturados, Lisboa: Guimarães Editores, 1967; Irreflexões, Lisboa: Ática, 1974; Sinais, Porto: Editorial Inova,1977; Algol, Porto: O Oiro e o Dia, 1979; Perto da Terra, Lisboa: Editorial Presença, 1984; Entre Silêncios, Guimarães: Pedra Formosa, 1997; A Oriente, Lisboa: Editorial Presença, 1998; Canções do Rio Profundo, Porto: Edições Asa, 2004; Outonais e Outros Poemas, Blurb, 2011; Poemas com Endereço, Lisboa: Mariposa Azul, 2015; Entre Silêncios, Poesia 1961 - 2018, Lisboa: Glaciar, 2019,
Fonte da biografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Yvette_Centeno
A POESIA É PARA COMER: iguarias para corpo e para o espírito. Seleção de poemas Ana Vidal; coordenação editorial Renata Lima. São Paulo: Rabel, 2011. 252 p. 23,5x31,5 cm. Capa dura. Impresso em papel couchê matte 170 g/m2.
Ex. bibl. Antonio Miranda
ROMÃS I
Já pesam as romãs semiabertas
nas romanzeiras molhadas
caíram as chuvas da tarde
aguardam-se os beijos fatais
que só os Anjos concedem
bagos vermelhos
em bocas apetecidas
Jardins de inverno
Onde se perdem as vozes
onde se abrem feridas
onde secretamente
mais árvores são plantadas
ROMÃS II
Na mão trazia a romã
vinha de longa distância
e nos olhos que trazia?
na mão trazia a romã
bagos de puro rubi
e nos olhos que trazia?
na mão trazia a romã
com o seu brilho feliz
e nos olhos que trazia?
memórias da sua infância
campos verdes e jardins
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http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/portugal/portugal.html
Página ampliada e republicada em setembro de 2022
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